O que é controle de qualidade? Como funciona na indústria têxtil?

Controle de qualidade têxtil

O controle de qualidade têxtil é um sistema adotado para prevenir falhas e problemas em processos e produtos. O objetivo é suprir, de maneira eficiente, as necessidades produtivas e desejos dos clientes.

Portanto, não é apenas conferir e contar defeitos de produtos finalizados. Pelo contrário! O propósito aqui é antecipar-se a possíveis problemas e encontrar soluções para evitar que aconteçam.

Utilizado em diversos setores, na confecção ele também é essencial para assegurar a qualidade dos produtos desenvolvidos. 

Então, para entender mais sobre o que é controle de qualidade têxtil e como ele funciona, continue a leitura!

 

Como surgiu o controle de qualidade têxtil?

Os métodos de controle de qualidade têxtil, como se apresentam na atualidade, surgiram no século XX. O processo nasceu com as primeiras relações de compra e venda ao longo da História.

Entenda como eram os processos nesses períodos. 

 

Idade Média

Com a aparição dos primeiros artesãos, surgiram as preocupações em criar termos descritivos sobre a fabricação de produtos. Na Idade Média, as guildas determinavam padrões de qualidade para produtos. Artesãos que os desrespeitavam eram punidos.

Depois veio o interesse de reis pela especificação de critérios para os produtos que adquiriam. Havia até fiscalização ou controle de qualidade, realizado por membros da corte.

 

Revolução Industrial

Já a partir da Revolução Industrial, a qualidade passou a ser uma característica de maiores dimensões. A mão de obra manual foi substituída por trabalhos mecânicos, sendo necessário passar a inspecionar os processos. E aqui foi iniciado o Taylorismo.

As fábricas tinham supervisores para fiscalizar a produção de seus operários. Com isso, os produtos passaram a seguir normas de fabricação pré-estabelecidas. Logo, a padronização tornou-se uma forma de evitar desperdícios.

Leia também: Por que a padronização na produção têxtil é importante?

Na Primeira Guerra Mundial foram encontrados muitos defeitos em produtos bélicos. Isso fez com que, na Segunda Guerra Mundial, as indústrias passassem a ter mais cuidado durante a produção. Foi durante este período que o controle estatístico de qualidade começou a se destacar.

Alguns anos depois, Walter Andrew Sherwart, físico e engenheiro estatístico norte-americano, desenvolveu o CEP – Controle Estatístico de Processo. Ele criou o ciclo PDCA (Plan, Do, Act, Check) com o objetivo de resolver problemas e aprimorar os processos constantemente.

Ciclo PDCA

Cabe destacar que o Japão pós-guerra chegou a ser um dos “maiores exemplos” de produção sem controle de qualidade. No entanto, em 1950, Edward Deming introduziu o método de controle estatístico a técnicos e engenheiros no país.

Aos poucos o conceito foi aumentando. Com isso, as potências mundiais da década de 70 e 80 (Japão e Estados Unidos), aprimoraram seus processos de qualidade. Embora, é claro, de maneiras diferentes.

Depois, organizações do mundo inteiro passaram a implementar modelos de Gestão de Qualidade. Esse processo foi importante, principalmente a partir do século XX. Isso porque, aqui, os consumidores passaram a tornar-se cada vez mais exigentes e a cobrar qualidade dos produtos

 

Entenda mais sobre a evolução do controle de qualidade

Assim como os modelos do sistema de controle de qualidade, seu conceito e finalidade também sofreram variações. 

Antes da internet, essas mudanças eram mais lentas. Atualmente, as tecnologias sobrevivem apenas até surgirem outras mais eficientes. Logo, a tendência é que sejam desenvolvidos processos cada vez mais específicos e assertivos.

Acompanhe, a seguir, três etapas da evolução do controle de qualidade até os dias atuais.

 

1. Fase da inspeção da qualidade

O foco era o produto. Eles eram inspecionados por observação direta, e era comum o cliente participar da averiguação. Eles poderiam ser avaliados aleatoriamente ou um a um.

O processo era muito lento. Além disso, apenas apontava falhas, não resolviam os problemas e nem ajudavam a melhorar a qualidade.

 

2. Fase do controle por amostragem

Com a industrialização, não havia mais como inspecionar os produtos de forma unitária. A solução encontrada foi verificar os produtos por amostragem.

O período se estendeu de meados dos anos 30 até os anos 80 do século passado (XX). Foi quando surgiram também os departamentos de controle de qualidade.

Esse setor da indústria localizava defeitos em produtos e, só então, pensava em como resolver os problemas apurados.

 

3. Fase da qualidade total

É a etapa atual. Agora, não basta mensurar a qualidade, ela precisa ser controlada. A meta é atender ao que o cliente espera e satisfazê-lo plenamente.

Não existe um departamento responsável pelo controle de qualidade. Isto é, ela tornou-se uma tarefa da empresa toda e até de parceiros e fornecedores.

O Japão foi o primeiro a adotar a gerência de qualidades e serviços, conhecida como Gestão da Qualidade Total (GQT). Afinal, eles precisavam tirar da sociedade o conceito negativo que tinham para com seus produtos.

Se empenharam em criar, portanto, a “era da perfeição”. Esse período corresponde à ideia de que a atividade deveria ser feita de maneira adequada, já na primeira vez (Toyotismo). O Estados Unidos se incomodou com essas transformações japonesas, pois estava perdendo mercados e consumidores.

Para reverter a situação, enfatizaram ainda mais o tema, implementaram um sistema rigoroso de qualidade: o Fordismo. Aqui, a capacitação de profissionais também foi essencial para as mudanças que seriam sentidas.

Leia também: Como modernizar a qualidade na confecção?

 

E o controle de qualidade na indústria têxtil?

Controle de qualidade na indústria têxtil

Otimizar processos para melhorar e integrar metodologias de trabalho, reduzir custos e potencializar a produtividade. Essas são ações vitais para a indústria têxtil.

Tais práticas são possíveis através do controle de qualidade têxtil que coleta, analisa e administra os dados do processo produtivo.

Na indústria têxtil a prevenção feita pelo controle de qualidade pode assegurar a qualidade dos processos de produção. A boa notícia é que o setor vive uma das melhores etapas da evolução do controle de qualidade.

No modo tradicional, quando o rolo chega à confecção, são analisadas apenas as informações que a fabricante disponibiliza no rótulo. A análise de cada rolo, separadamente, levaria muito tempo e reduziria a produtividade, portanto, muitas empresas não a fazem. 

Com a indústria 4.0, a tecnologia consegue automatizar os processos com eficiência. Além disso, é possível implantar o controle de qualidade têxtil em todas as etapas, incluindo no recebimento do material.

Leia também: A importância do controle de qualidade no beneficiamento

Por isso é fundamental apostar na automação para promover ganhos de produtividade, eficiência e qualidade. Afinal, com a ajuda de máquinas inteligentes haverá redução de erros e retrabalhos. Gerando, também, a diminuição de custos e de desperdícios.

Mas lembre-se! A automação possui como pilar os fatores:

  • investimento em equipamento moderno; 
  • alteração e padronização de processos; 
  • a gestão estratégica e assertiva; e 
  • controle e análise de dados.

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Quais são as vantagens da automação no controle de qualidade têxtil?

A automação de processos, a engenharia de produtos e uma série de outras tecnologias facilitam o desenvolvimento do setor têxtil. Por consequência, colaboram com o destaque mercadológico em meio a mais de 22,5 mil unidades produtivas formais brasileiras.

O controle de qualidade têxtil pode ser realizado de forma personalizada, atendendo as necessidades específicas de cada empresa. Assim, será possível obter vantagens para a confecção e demais fases. Conheça algumas delas e descubra como adquiri-las.

 

1. Redução do desperdício

É comum verificar desperdício de matéria-prima na indústria têxtil, devido à falta de informação e de automação de processos. Isso acontece porque, normalmente, o foco das companhias está voltado às peças finalizadas. Com isso, as confecções deixam de prestar a atenção necessária à qualidade da matéria-prima.

O monitoramento dos dados técnicos da matéria-prima de uma confecção permite obter informações reais sobre cada rolo de tecido. Como, por exemplo: metragem; área útil; gramatura; e rendimento.

Desta forma, é possível escolher o rolo de tecido que fornecerá o melhor aproveitamento (desempenho) para cada ordem de corte. E, a partir disso, programar enfesto e corte sem desperdícios.

Além disso, a tecnologia têxtil possibilita uma visão antecipada de variáveis. Por isso, promove um controle de qualidade têxtil preventivo ao direcionar a gestão.

 

2. Aumento da produtividade

Com a automação do controle de qualidade têxtil também é possível aumentar a capacidade produtiva da indústria. Ela, ao transformar processos manuais, será capaz de obter mais rapidez durante as etapas.

Um dos equipamentos que cumpre com essa função, por exemplo, é a Relaxadeira de Malhas da Delta Máquinas Têxteis. Ela reduz o tempo de descanso de até 48 horas para apenas alguns minutos. Além disso, também elimina o enrolamento da malha fraldada e fornece informações reais sobre comprimento e área útil.

 

3. Melhoria da qualidade final de produtos

Revisadeiras Delta

Quando a matéria-prima é analisada antes da confecção, é possível evitar que peças sejam produzidas com materiais de pouca qualidade. Como, por exemplo, com manchas ou variabilidades, as tornando de segunda qualidade. 

Aqui podemos citar as Revisadeiras Delta por colaborarem com a resolução dos problemas na qualidade do produto têxtil. A máquina inspeciona e garante o dimensionamento e gramatura das malhas. 

Esse é um equipamento que promove padronização, automação e produtividade. Além dos diversos modelos fornecidos pela Delta, é preciso destacar a Smart Vision iConcept View. Essa solução conta com a Inteligência Artificial para realizar a revisão dos defeitos dos tecidos.

Diante disso, pode-se afirmar que o controle de qualidade têxtil, com as máquinas inteligentes, promove os melhores produtos finais. O que também evita que a empresa tenha prejuízos.

Leia também: Como aprimorar a etapa de revisão de tecidos?

 

4. Diminuição de custos

Mais automação também significa menos mão de obra, menos perdas de materiais e menor necessidade de espaço. Logo, os gastos com a produção reduzem. Isso faz com que a empresa possa repassar a economia ao cliente e comercializar produtos a preços competitivos.

 

5. Aperfeiçoamento da gestão de materiais e de máquinas

Coletar, analisar e gerenciar dados fazem parte de uma grande estratégia para o controle de qualidade têxtil.

Com essas informações em mãos, o gestor pode verificar diversos dados, incluindo possíveis problemas que estejam atrapalhando a produtividade. Ou até mesmo, perceber estratégias que possam otimizar o trabalho do setor de compras.

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6. Repetibilidade

Quando o controle de qualidade é feito com eficiência, a confecção consegue produzir o mesmo resultado final repetidas vezes. O cliente passa a confiar nos produtos que adquire. Afinal, ele saberá o que está adquirindo, colaborando com o aperfeiçoamento da credibilidade da empresa no mercado.

 

Como implantar um controle de qualidade têxtil eficiente na confecção?

Como você pode perceber, o controle de qualidade têxtil é extremamente benéfico para as confecções e utilizá-lo é uma necessidade. No entanto, para que os ganhos citados possam ser obtidos é importante tomar alguns cuidados.

Para começar, deve-se investir em máquinas têxteis eficientes e inteligentes. Somente assim será possível promover a automação e padronização das atividades. Gerando, então, maior produtividade e qualidade no resultado final.

Além disso, é interessante diminuir ruídos na comunicação, fazendo com que os colaboradores se compreendam e entendam o processo. Fazer uso de painéis de gestão com informações transparentes pode auxiliar nesta tarefa. Assim como é essencial atualizá-los em tempo real com os indicadores mais importantes.

A equipe que opera os equipamentos também deve ser devidamente capacitada para manuseá-los adequadamente. Por fim, os processos devem ser constantemente analisados e atualizados, de preferência por meio de opiniões reais. Podem ser feitas pesquisas de satisfação com o cliente e, por meio das respostas, implantar as devidas melhorias.

 

Conte com quem entende de controle de qualidade têxtil!

Respeitar critérios de produção e fazer um rigoroso controle de qualidade têxtil exige muita dedicação de sua empresa. Entretanto, essa é uma prática muito vantajosa. Além de colaborar para a competitividade no mercado, esta atitude ainda fomenta o seu desenvolvimento.

Então, conte com quem entende do assunto e possui autoridade no mercado para promover o melhor controle de qualidade têxtil. Como abordado ao longo do texto, a Delta Máquinas Têxteis disponibiliza várias soluções que atendem diferentes fases de produção.

Portanto, se deseja realizar um controle de qualidade eficiente, entre em contato conosco agora!

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